O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), contou mais detalhes do momento após a morte do sequestrador que manteve, por quase quatro horas, 37 passageiros de um ônibus reféns na Ponte Rio-Niterói.
O sequestrador foi abatido por um atirador de elite do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), algo bastante comemorado pelo governador, já que todos os reféns saíram com vida e sem ferimentos.
“Foi um trabalho de excelência, se a PM não tivesse abatido o criminoso, muitas vidas não teriam sido poupadas, e é isso que está acontecendo nas comunidades: se a polícia puder abater quem está de fuzil, muitas vidas serão poupadas”, disse ele, ponderando que apesar do desfecho, a morte do sequestrador não era o fim que todos queriam.
“Primeiro, eu quero agradecer a Deus. Não foi a melhor solução possível, o ideal era que todos saíssem com vida, mas tomamos a decisão de salvar os reféns, de solucionar o problema rapidamente, foi um trabalho muito técnico da polícia, que usou atiradores de elite, eu fiquei monitorando o tempo todo”, destacou o governador.
Conversa com os familiares do sequestrador
De forma atípica, os familiares do sequestrador conversaram com o governador Witzel e até pediram desculpas à população pelo comportamento do parente, já depois de morto.
“Falaram que houve uma falha na educação, a mãe dele estava chorando muito”, disse Witzel, lembrando do encontro com os eles. O governador falou ainda que o Estado do Rio dará auxílio aos parentes do sequestrador morto e que também fizeram uma oração juntos, no local.
“Fizemos a oração do Pai Nosso junto com as vítimas e oramos pelo criminoso que morreu”, disse ele, segundo a Jovem Pan. Já o porta-voz da PM fluminense, coronel Mauro Fliess, considerou a ação policial bem-sucedida e parabenizou os agentes envolvidos na ocorrência.
“Essa é a polícia que queremos ver. Foi necessário o disparo de um sniper para neutralizar o marginal e salvar todas as pessoas do ônibus. Estamos prestando toda a atenção à saúde dos reféns e agindo com solidariedade. Parabenizo todos os envolvidos. Nenhum refém ferido, eles estão recebendo atendimentos médicos e psicológicos em caso de necessidade. Mas nenhum ferimento”, contou.