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Aurélio detona Barroso e defende Bolsonaro: “Foi eleito com 57 milhões de votos”

Aurélio detona Barroso e defende Bolsonaro: "Foi eleito com 57 milhões de votos"

Reprodução: Google

O ataque gratuito do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, ao presidente Jair Bolsonaro, despertou a crítica até mesmo do seu colega de Corte, o ministro Marcos Aurélio, que saiu em defesa do chefe do Executivo, lembrando que o mesmo foi eleito democraticamente.

“O presidente foi eleito com 57 milhões de votos. É o presidente de todos os brasileiros. O passado dele, o que ele disse na tribuna da Câmara, não se confunde com a atuação como chefe do Executivo”, afirmou Aurélio durante uma entrevista para o apresentador Datena, nesta quinta-feira.

“A meu ver, ele vem atuando como se deve atuar, deixando inclusive os ministros auxiliares trabalharem. Temos que aguardar e ver com bons olhos a direção do país”, destacou Marco Aurélio.

O ministro destacou que a relação de Bolsonaro com o Supremo tem melhorado, não tendo havido espaço para divergências no tocante à manutenção do Estado Democrático de Direito.

Marco Aurélio não citou diretamente o colega, mas a sua manifestação um dia após a repercussão negativa das declarações de Barroso não deixa dúvida se tratar de uma resposta (leia-se: puxão de orelha) no presidente do TSE.

“Não há espaço para retrocessos. O contato [entre Bolsonaro e o STF] tem sido melhor. Estamos para trocar a presidência do STF, o ministro Dias Toffoli será substituído pelo ministro Luiz Fux, que tem uma forma própria de se relacionar com os demais Poderes, um pouco mais cerimoniosa”, afirmou.

Por fim, como quem dá um puxão de orelha moral de forma indireta, Marco Aurélio lembrou que o presidente da República deve ser respeitado, algo que não fez o seu colega, Barroso, ao acusar Bolsonaro de defender a “ditadura” e a “tortura” em evento estrangeiro.

“E a cerimônia nessa interação é positiva. Ela implica respeito. E a cadeira ocupada no Supremo é vitalícia, não é temporária, então o integrante não está voltado a relações públicas. Ele tem que tocar e atuar julgando os conflitos de interesse que envolvam os cidadãos da melhor forma possível, com independência e técnica”, finalizou.

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