O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apoiado por Jair Bolsonaro, foi eleito em primeiro turno nesta segunda-feira (1º), em votação secreta, presidente do Senado e do Congresso Nacional pelos próximos dois anos.
A vitória de Pacheco é a primeira esperada pelo governo Bolsonaro para esta segunda-feira. Ainda hoje a Câmara dos Deputados elegerá o seu novo presidente e chega o fim do mandato de Rodrigo Maia. Na disputa está Arthur Lira, candidato do presidente.
Pacheco recebeu 57 votos e superou os 21 recebidos por Simone Tebet (MDB-MS), única outra candidata a permanecerna disputa até o fim. A candidatura contou com o apoio do presidente Bolsonaro e de 11 partidos, entre os quais estão siglas de oposição, como o PT, a Rede e o PDT.
A eleição do senador do DEM é também uma vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP), agora ex-presidente do Senado. Alcolumbre atuou como principal cabo eleitoral de Pacheco desde dezembro do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a possibilidade de reeleição nas Casas do Congresso.
O apoio de Bolsonaro a Pacheco é estratégico. A também candidata Simone Tibet já havia feito críticas ao governo e demonstrado apoio a pautas como a CPI das fake news, em 2020, ação que mira principalmente os apoiadores do presidente.
Pacheco, portanto, seria o nome mais flexível com chances reais de vitória e mais alinhado ao presidente do que o seu antecessor, Davi Alcolumbre. Ao sinalizar apoio a Pacheco, o presidente espera maior diálogo com o Centrão para dar andamento a propostas do governo que vão precisar de aprovação no Senado. Com informações do G1