O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, subiu fortemente o tom contra o ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, após o magistrado determinar que o Senado Federal analise a abertura da “CPI da pandemia”, decisão essa considerada por muitos uma grave interferência no poder Legislativo.
Ao comentar o caso com apoiadores na manhã de hoje, Bolsonaro falou de forma claramente indignada contra o ministro, dizendo que “falta moral” para Barroso mandar, igualmente, serem analisados os pedidos de impeachment contra os ministros do STF que já foram protocolados no Senado.
“Sabemos do seu passado”, disse Bolsonaro ao se dirigir ao ministro, chegando a firmar que Barroso “defendeu terrorista” ao se referir ao italiano Cesare Battisti, ex-ativista do Proletários Armados pelo Comunismo que foi condenado na Itália por assassinato.
O presidente disse também que Barroso faz “politicalha” com a esquerda junto ao Senado, lhe faltando “moral”, mas “sobrando ativismo”. Estas foram as primeiras declarações feitas por Bolsonaro contra um ministro do STF de forma clara e em tom agressivo, devendo repercutir gravemente ao longo do dia.
Junto aos seus apoiadores, no entanto, a reação de Bolsonaro certamente será vista como positiva, interpretada como uma demonstração de força diante das acusações de possíveis abusos por parte dos ministros do STF quanto ao seu governo. Assista abaixo:
Presidente Jair Bolsonaro sobre a CPI que o ministro Barroso, do STF, mandou instaurar no Senado – "Falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política." pic.twitter.com/DzY7H55aB4
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) April 9, 2021