Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão organizando uma manifestação que deverá ocorrer no próximo dia 15 de março, em várias cidades do Brasil. Nesta quinta-feira (27), a hashtag #Dia15PorBolsonaro foi parar no segundo lugar do top trends no Twitter como resultado da mobilização popular.
O evento ganhou ainda mais força e relevância entre os aliados do governo, após a grande mídia e partidos de oposição criticarem um suposto compartilhamento feito por Bolsonaro em sua conta pessoal no WhatsApp.
“No dia 15 de março, o Brasil inteiro vai às ruas, e, em Niterói, não vai ser diferente. Todos em apoio ao Presidente Bolsonaro!”, escreveu em sua conta no Twitter o deputado estadual Carlos Jordy (PSL-RJ).
“Discutir sobre Parlamentarismo não é um atentado ao nosso regime Presidencialista sem uma prévia consulta popular? Sendo assim, cade os jornalistas para cobrar o Impeachment do Rodrigo Maia? Eles estão interferindo de maneira clara no Executivo #Dia15PorBolsonaro”, escreveu um internauta.
Interferência
Muitos que defendem a manifestação alegam que existe uma articulação no Congresso Nacional para inviabilizar a gestão do presidente Bolsonaro. O deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP), por exemplo, explicou:
“Está havendo uma mobilização no Congresso de partidos, deputados e senadores, que bolaram uma estratégia para enquadrar um possível pedido de impeachment num modelo sequencial. Você primeiro aprova gastos e uma série de despesas no Orçamento, depois priva o Executivo de utilizar parte desse Orçamento”, disse ele.
“O governo então tem que pedir recursos para o Congresso, que obviamente vai negar. E aí o governo cai na Lei de Responsabilidade Fiscal, porque violou o próprio Orçamento. O Congresso surrupiou 30 bilhões de reais e removeu das contas do Executivo, que já estavam comprometidos com um volume de gastos. Não é um golpe ainda, mas uma tentativa de enquadrar o Executivo numa sinuca.”, concluiu.