Mal sentou na cadeira e o nomeado ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, poderá deixar o cargo nas próximas horas ou dias. Isso, porque, além de ter os cursos de doutorado e pós-doutorado questionados, a sua atuação como professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) também está sendo posta em dúvida.
Segundo informações da CNN Brasil, a FGV emitiu uma nota negando que Decotelli tenha atuado como professor da Fundação. E pior, aparentemente ele foi para a Alemanha carregando consigo essa informação.
“A Fundação Getúlio Vargas negou que o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva, tenha sido professor ou pesquisador da instituição”, informou a CNN.
“Mas, em e-mails, enviados para a CNN, a professora Brigitte Wolf, da Universidade de Wüppertal, na Alemanha, disse que, por lá, ele era tido como professor da FGV”, destacou a emissora.
Cautela de Bolsonaro
Na segunda-feira (29) o presidente Jair Bolsonaro teve uma reunião com Decotelli, onde lhe questionou sobre a veracidade dos cursos que realizou. O ministro reconheceu haver inconsistências em seu currículo, mas explicou que completou os cursos e que não fez plágio.
Os problemas estariam relacionados a questões burocráticas, segundo Decotelli. Bolsonaro, por sua vez, reconheceu o “equívoco”, defendeu o ministro e lhe manteve no cargo. Entretanto, com o pronunciamento agora da FGV, é muito provável que o economista deixe o governo.
Segundo a FGV, Decotelli “atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da fundação. Da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição”.