A deputada estadual e advogada Janaína Paschoal (PSL-SP) protestou contra o que parece um desvio de atenção para o caso das “Fake News”, alvo de investigação em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), após em depoimento o ex-funcionário da empresa Yacows, Hans Rives, afirmar que fez disparos ilegais para a campanha do Partido dos Trabalhadores (PT).
“Eu quero saber o seguinte: a CPI das ‘Fake News’ vai pedir perícia para saber dos disparos para a campanha do PT? Ou a investigação só valia para Bolsonaro? É isso que eu estou querendo saber! Eu também quero saber se vão apurar a alegação do depoente, no sentido de que foi vítima de racismo”, escreveu a parlamentar em suas redes sociais.
Na ocasião do depoimento de Hans River, ao perceber que foi acusado de ter se beneficiado dos disparos de mensagens, o ex-presidente do PT e deputado Rui Falcão reagiu criticando o depoente, que rebateu afirmando que foi vítima de “racismo” por parte do parlamentar.
Janaína, por sua vez, também questionou o aparente silêncio dos parlamentares diante da afirmação de River de que foi vitima de racismo. “Só interessa o racismo praticado contra quem é companheiro?”, questionou ela. “Isso também eu quero saber!”.
“Eu sei que se instalou uma situação em torno da discussão referente a A ter assediado B, ou B ter assediado A. Mas o PT é mestre em misturar temas para não ter que se explicar. Então, vamos separar bem as coisas. Eu quero saber se os dirigentes da empresa para a qual o depoente trabalhava serão chamados para falar sobre os disparos para Haddad e Falcão”, destacou Janaína.
“Vejam, não estou dizendo que ocorreram. Mas o depoente falou! E, estranhamente, o PT queria que o depoimento fosse sigiloso. Por quê? Logo o PT, que nunca se importa com sigilo nenhum, se mostrou preocupado com o sigilo judicial de uma ação trabalhista!? Estranho! Se a CPI Federal não apurar, a CPI da Alesp vai! Vou sugerir que River seja convidado”, concluiu.