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O político profissional: quem é, por onde anda, o que come, onde vive?

O título dessa matéria é uma ironia à caricatura típica do “político profissional”, a pessoa que por mais esforçada que seja, não consegue esconder os sinais que denunciam aspectos em comum com os demais caricatos da vida pública… política!

Esta semana, algumas imagens da deputada Joice Hassellmann publicadas nas redes sociais ilustraram muito bem essas características. A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, por sinal, parece fazer questão de se antecipar em matéria de cafonice política eleitoral.

Vestida como madame, ela disse que foi “conhecer de perto os problemas da cidade” na Cracolândia, segundo o Metrópoles, região que ficou tragicamente conhecida assim pela aglomeração de usuários de crack, um verdadeiro cartão-postal do fracasso público paulista diante do tráfico e consumo de drogas.

O político profissional é assim, de fato. Ele resolve aparecer nos lugares mais “sujos” e caóticos, onde antes nunca colocou os pés para fazer qualquer diferença – por vontade própria – na vida dos que ali sofrem, tudo para registrar algumas imagens e fazer de conta que há, de fato, uma preocupação emergencial diante daquela situação.

Pobres, viciados, andarilhos, doentes em hospitais lotados, minorias, ONGs, banca de feira e balcão de martitão a R$ 7,00 são os palcos prediletos dos políticos profissionais durante o período eleitoral. São nesses lugares que eles andam, comem e falam com estranhos, claro, sempre na frente nas câmeras.

Por outro lado, há pessoas “normais” que estão na vida pública, fazendo carreira política. Não é o típico político profissional, mas alguém que resolveu tentar contribuir com a sociedade, levando ao poder público àquilo que já fazia enquanto cidadão.

Político bom, por essa tese, não é o profissional. É justamente quem não precisa fazer esforço para ser reconhecido por aquilo que faz, pois o que faz já é, de fato, reconhecido. A escolha dessa pessoa como representante público não é fruto de uma propaganda, mas das suas ações.

Entre o típico político profissional e o cidadão comum que faz política sem querer, a Cracolândia não parece um lugar distante, abandonado e sujo. Ela é o alvo de uma preocupação permanente de quem olha para o próximo. Quem entende e vivencia isso não precisa instrumentar a desgraça alheia para se autopromover.

Só precisa se importar com o outro. Veja abaixo e tire suas conclusões:

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