O então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, acabou de confirmar a sua renúncia do cargo. A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira (24) pelo próprio ministro, durante uma coletiva de imprensa.
A saída de Moro se deu horas após a publicação no Diário Oficial da União da exoneração do então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
A demissão de Moro representa um enfraquecimento drástico no governo do presidente Jair Bolsonaro, visto que o ex-juiz da Lava Jato é visto como um dos pilares do atual governo, não apenas politicamente, mas também economicamente.
Com os rumores da demissão de Moro já na quinta-feira, o mercado financeiro reagiu oscilando nos mercados, com o dólar chegando a ultrapassar a marca de R$ 5,60 pela primeira vez na história, o que poderá se agravar nas próximas horas.
Reações à demissão de Moro
Outra consequência negativa sobre a demissão de Moro será sobre o motivo da sua renúncia. Uma vez fora do governo Bolsonaro, críticos do presidente certamente irão levantar a suspeita de motivação investigativa.
Como principal nome da Operação Lava Jato até 2018, Sérgio Moro se tornou o principal símbolo do combate à corrupção no Brasil. Uma vez integrante do governo, conferiu força e maior credibilidade às propostas do presidente Jair Bolsonaro.
A saída do então ministro, portanto, poderá ser vista por muitos apoiadores do presidente como um sinal de desconfiança em relação ao governo, abalando a estabilidade do seu mandato até 2022 ou mesmo antes disso.