Um abaixo-assinado criado pelo comentarista Caio Coppolla, da rede CNN Brasil, já está ultrapassando a marca de 2 milhões de assinaturas em 24 horas no ar. O documento pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O abaixo-assinado foi divulgado pelo próprio Coppolla através das suas redes sociais, com uma gravação. “Esse é de longe o vídeo mais importante da minha vida”, afirmou o comentarista político, alegando o receio de que o seu conteúdo pudesse ser censurado a qualquer momento.
Várias personalidades aderiram à campanha pelo impeachment de Moraes, divulgando o abaixo-assinado. Entre eles está a deputada Carla Zambelli, que desafiou os seus seguidores a dobrarem a meta, que inicialmente era de 1 milhão de assinaturas.
Neste momento a lista conta com exatos 1.961.961 milhão de assinantes, mas os números não param de crescer, indicando que a marca de 2 milhões será ultrapassada facilmente nos próximos minutos. Na justificativa da lista, Coppolla argumenta que Moraes cometeu abuso de poder ao dar prosseguimento ao polêmico “Inquérito das Fake News”, sendo ao mesmo tempo “vítima, investigador e juiz”.
“Reputamos esse inquérito como imoral, ilegal e inconstitucional na esteira do alegado pela Procuradoria Geral da República (PGR) nas ocasiões em que requereu seu arquivamento e se manifestou contra esse procedimento penal tão atípico”, justifica o comentarista, segundo as argumentos do abaixo-assinado.
Coppolla cita ainda suposta privação da liberdade de expressão determinada por Moraes, apontando a criação de um suposto “Tribunal de Exceção” no país em decorrência disso, “ao proibir a veiculação de matéria da ‘Revista Crusoé’ e do site ‘O Antagonista’ intitulada ‘O amigo do amigo de meu pai’ – uma reportagem sobre alegadas tratativas entre o (agora) Ministro Dias Toffoli e a empreiteira Odebrecht, no âmbito dos fatos apurados pela Operação Lava Jato.”
O pedido de impeachment do qual o abaixo-assinado se refere já foi protocolado pelo senador Jorge Kajuru, mas precisa ser aceito para apreciação pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. É justamente essa a intenção do abaixo-assinado, pressionar o presidente da Casa para avaliar o pedido.
“Eu entrei com o pedido sozinho e tive a sorte de 15 dias atrás ser procurado pelo Caio e ele me ascendeu, disse ‘Vamos botar fogo no Brasil’ e disse que meu pedido era muito bem embasado e me falou sobre o abaixo-assinado. Começamos hoje e já temos quase 2 milhões de assinaturas”, comemorou o senador, segundo a Jovem Pam.