A Polícia Civil descobriu a origem do ataque racista sofrido pela prefeita eleita de Bauru, Suéllen Rosim (Patriotas). Segundo o delegado responsável pelo caso, as ofensas partiram de um homem que, por mais irônico que pareça, também é negro.
Para o delegado, no entanto, o caso continuará sendo tratado como injúria racial. “Neste momento as investigações prosseguem e a tipificação penal, como inicialmente foi feita como injúria racial, ela permanece”, afirmou.
“Neste momento não temos mudança quanto à tipificação. Pelo contrário, existe a possibilidade sim de que seja acrescentada a tipificação também de uma eventual falsidade pelo perfil falso que foi criado”, disse ele.
“Não há impedimento quanto a conduta pelo fato de ele ser negro e ter praticado uma conduta de ofensa racial contra outro negro”, completou o delegado.
O homem utilizou outro perfil para enviar as mensagens de cunho racial contra Suéllen Rosim. “Não podemos eleger aquela mulher com cara de favelada para ser nossa prefeita. Essa gentinha irá afundar Bauru”, diz uma das mensagens.
“Não tenho nada contra, mas essa gente de pele escura, com cara de marginal administrado essa cidade, será o fim”, diz outro trecho da publicação que a prefeita teve acesso e usou para prestar queixa na delegacia, segundo o G1.
“Despertar uma discussão”
Ainda segundo a Polícia Civil, o homem negro que fez declarações de cunho racista contra Suéllen Rosim teria tido a intenção de “despertar uma discussão”. A declaração foi dada aos policiais, após o sujeito ser entrevistado e liberado em seguida.
O curioso é a seguinte questão: que tipo de “discussão” o sujeito quis levantar? Será que ele tentou forjar um ataque racial, a fim de levantar polêmica e chamar atenção dos movimentos negros do país?
Será que ele quis criar um fato para alimentar os movimentos de luta racial de esquerda, mas não se deu conta de que a prefeita em questão não “serviria” para a causa, já que é uma pessoa evangélica e conservadora, portanto, ignorada pela esquerda?
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