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Grave: por “insegurança jurídica”, site RenovaMídia anuncia o fim das atividades

Grave: por "insegurança jurídica", site RenovaMídia anuncia o fim das atividades

Foto: reprodução

O site RenovaMídia, de viés conservador, anunciou na terça-feira (9) o fim das suas atividades. Segundo o fundador da mídia, Tarcísio Moraes, a decisão foi tomada devido ao ambiente de “insegurança jurídica” no Brasil. Se trata, portanto, de um fato de extrema gravidade que possui pleno respaldo do contexto atual do país.

“Infelizmente, não há mais segurança jurídica no país para um jornal independente, sem amarras políticas, manter suas atividades. Além da perseguição por parte de parlamentares, como ficou bem evidente na CPI da Pandemia, temos um Supremo Tribunal Federal que ameaça dia após dia a liberdade de expressão com medidas autoritárias e antidemocráticas”, afirma uma nota disponível no endereço do site.

A nota também alega que os site vinha sofrendo represálias no tocante à monetização do seu conteúdo. “Para se ter uma ideia da dimensão deste ataque das big tech ao jornalismo independente, o Google reduziu em mais de 90% o retorno financeiro da RenovaMídia com mídia programática nos últimos anos”, diz o texto.

Tarcísio, porém, deixou claro que poderá retomar as atividades do RenovaMídia, mas “desde que ocorra uma mudança no cenário político brasileiro.”.

Opinião Crítica

É extremamente triste e preocupante o fim das atividades do RenovaMídia pelos motivos alegados, uma vez que eles encontram respaldo na realidade. O ambiente jurídico no Brasil atual, de fato, é de plena insegurança para veículos de pequeno porte e, especificamente, de viés conservador, os quais são pejorativamente chamados de “bolsonaristas” pelo simples fato de defender posições apoiadas pelo atual governo.

É estarrecedor observar que parte da imprensa, incluindo grupos extremistas (terroristas virtuais) ligados à esquerda, os quais alegam estar lutando pela “democracia” e contra a “desinformação” está comemorando o fim das atividades de um veículo de comunicação conservador. Tudo em nome do quê? De meras divergências político-ideológicas, nada mais!

Quando um comunicador, quer seja pessoa ou empresa, não se sente mais seguro para veicular seus conteúdos, significa que o país onde atua está realmente caminhando para um estado de repressão às liberdades individuais, se é que já não está.

No Brasil, onde pessoas estão sendo punidas por tribunais superiores sem qualquer acusação formal de crimes tipificados no código penal, e portanto, sem qualquer julgamento e condenação que pese sobre elas, não há dúvida de que o ordenamento jurídico não é mais respeitado.

O mais aterrorizante disso tudo é que tal situação parece ter a conivência dos magistrados que mais deveriam se pronunciar em defesa das garantias definidas pela Constituição Federal, entre elas a livre comunicação, liberdade do pensamento e produção intelectual. Todavia, o que tem imperado no país é a rotulação massiva de conteúdos conservadores e divergentes do viés progressista como “desinformação” e “discursos de ódio”.

O uso malicioso, proposital e autoritário dos conceitos vagos de “desinformação” e “discurso de ódio” passou a ser a principal ferramenta de perseguição, punição e até criminalização de mídias conservadoras, a exemplo não só da RenovaMídia, como do Opinião Crítica e vários outros.

Ao mesmo tempo em que isso ocorre, parece não haver qualquer reação concreta do ponto de vista político e jurídico para frear esse avanço do autoritarismo progressista contra mídias conservadoras. Pessoas como Tarcísio Moraes e outros influenciadores da direita, de fato, parecem esta abandonados à própria sorte, motivo pelo qual é perfeitamente compreensível a decisão do RenovaMídia.

É lamentável, triste e muito preocupante, pois se o cenário atual continuar o mesmo, muito em breve o conservadorismo não será mais uma voz livre na sociedade. Os políticos que hoje contam com o apoio de mídias independentes para vencer os discursos da esquerda amplamente apoiados pela grande mídia, não contarão mais. É isso o que querem? É o que vão ter.

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