Que a China vem tentando dominar o mundo através da tecnologia, para muitas pessoas isso não é mais novidade, e algumas decisões influenciam essa visão, a exemplo da que tomou o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil ao resolver abrir uma conta no aplicativo chinês TikTok.
O aplicativo de vídeos curtos é da empresa chinesa ByteDance e se tornou um fenômeno mundial em 2019, elevando o valor da companhia para mais de 300 BILHÕES no começo de 2020. O TikTok, no entanto, se difere de outros aplicativos e esse é o motivo pelo qual decisões como a do STF chamam atenção.
O governo do ex-presidente Donald Trump, por exemplo, acusou a China de utilizar o aplicativo para colher dados dos americanos, o que levou à proibição do mesmo em solo norteamericano. Mas ela não durou muito. Em novembro de 2020 o Departamento de Comércio dos EUA decidiu banir o bloqueio.
A polêmica envolvendo o TikTok, portanto, está na sua origem. Diferentemente de outros aplicativos, o fato da ByteDance estar sob a influência do Partido Comunista Chinês (PCC), mesmo que não diretamente, faz com que algumas autoridades desconfiem das intenções por trás da plataforma, ainda que nada realmente comprometedor no sentido de espionagem fosse comprovado até então.
Para o STF, o ingresso no TikTok significa “ampliar os canais de comunicação com a sociedade e aproximar novos públicos do dia a dia da Corte”, diz uma nota divulgada pelo órgão. “A ideia é que a conta institucional divulgue informações acerca de decisões da Corte e do funcionamento do Judiciário de forma criativa e acessível”, ressalta o texto.