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Descrédito no “jornalismo profissional” faz mídias alternativas ganharem força

O crescente número de mídias alternativas nos últimos anos não é por acaso. Além de acompanhar a digitalização das notícias, o que é natural, isso também reflete uma realidade cada vez mais aparente aos olhos da população: a natureza enviesada dos tradicionais veículos de comunicação.

Por mídias alternativas entendemos qualquer ferramenta que sirva à propagação de informações, mas em especial às que se dedicam a essa finalidade, como é o caso do Opinião Crítica, por exemplo.

Entretanto, tais informações nem sempre seguem o formato tradicional de jornalismo. O Opinião Crítica tem como foco o comentário sobre a notícia, ou seja, não se presta apenas a noticiar, mas analisar o que está sendo publicado, de forma crítica, fazendo jus à natureza do veículo, que é a opinião.

Outros sites se dedicam à informação “crua”, ou seja, a publicação da notícia sem qualquer adição crítica ao seu conteúdo. É o jornalismo tradicional, o qual tem por objetivo a reportagem dos fatos, a fim de que o próprio receptor forme, a partir disso, o seu ponto de vista.

Confusão entre jornalismo e militância

Ocorre que nos últimos anos ficou evidente aos olhos do público que o chamado “jornalismo profissional” passou a militar em todos os formatos da sua produção de conteúdo. Não é por acaso que o número de assinantes de revistas digitais e impressas continua em queda, veja aqui, aqui e aqui.

Colunas de opinião e notícias se confundem, ainda que de forma velada. Ou seja, mesmo a publicação de matérias que deveriam ser exclusivamente informativas trazem consigo uma carga de interpretação dos fatos que reflete a natureza opinativa do veículo ou autor.

Com isso, o receptor, mesmo estando diante de um conteúdo informativo, recebe dele a impressão que o veículo de comunicação deseja lhe transmitir. Para isso, técnicas simples de edição de manchetes e uso seletivo de frases e palavras, a fim de descontextualizar falas, por exemplo, são constantemente empregadas, tudo com o objetivo de influenciar previamente a interpretação dos fatos na mente do receptor.

Desse modo, o que vemos sendo praticado não é jornalismo profissional, mas sim militância, e o maior erro disso está na tentativa de querer passar à população a ideia de algo imparcial e transparente, quando na realidade não é.

Com o surgimento das mídias alternativas fazendo contraponto aos veículos tradicionais, esse quadro de jornalismo-militante travestido de profissionalismo ficou escancarado, pois os fatos antes divulgados com ares de absolutos, ganharam novas versões, colocando em dúvida a confiabilidade dos veículos tradicionais.

Censura e criminalização como reação

Diante deste cenário, a melhor reação da grande mídia deveria ser uma profunda revisão do seu método de atuação, buscando corrigir os erros para resgatar os antigos valores do jornalismo realmente profissional, compromissado com a verdade dos fatos e a reportagem fiel a eles.

Todavia, qual tem sido a resposta? A censura e a tentativa de criminalização dos veículos alternativos. É isto o que observamos em inúmeras matérias de grandes portais e ferramentas de grupos que buscam associar a mídia alternativa, por exemplo, ao recebimento ilegal de verbas publicitárias do governo federal, como se houvesse um acordo direto entre essas e o Planalto.

É o que observamos no apoio quase incondicional à CPI das “fake news”, que apesar de desmoralizada pelas ações dos seus próprios promotores, os quais já deixaram implícito que o objetivo não é combater conteúdos falsos, objetivamente maliciosos, mas sim contraditórios às suas agendas ideológicas, continua recebendo o apoio da grande mídia.

É o que observamos com à adesão à movimentos nas redes sociais que dizem combater produtores de conteúdos falsos, mas que na realidade são apenas instrumentos antidemocráticos que servem à censura do contraditório por divergências ideológicas.

É o que observamos em “agências de checagem” que não são chegadas por ninguém acima delas, e que juntas em um seleto grupo de “aprovados” têm o poder de determinar com ares de verdade absoluta quais conteúdos são falsos ou não, ainda que passíveis de diferentes interpretações.

Ou seja, todo o movimento da grande mídia continua contrariando o que deveria ser a atitude correta perante o descrédito que vem sofrendo diante do público: a de revisão dos seus métodos, correção e resgate do compromisso com a verdade dos fatos.

Enveredando pelo caminho da repressão, confundindo jornalismo com militância, generalizando “fake news” entre conteúdos de informação e opinião, a grande mídia vai cavando a própria cova diante da sociedade, perdendo crédito e vendo, com isso, o fortalecimento das mídias alternativas como uma reação natural em resposta aos seus erros.

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