O policial militar Wesley Góes, morto pelos próprios colegas durante um ato de protesto armado contra o que muitos consideram decretos abusivos da pandemia, fez declarações que agora soam como símbolo para os críticos dessas medidas.
“Não vou permitir que violem a dignidade humana de um trabalhador”, disse o PM antes de ser alvejado pelos policiais que tentaram lhe conter na tarde do domingo (28) no Farol da Barra, região turística da Bahia.
Fardado o PM portava um fuzil e fez várias declarações de protesto aparentemente contra os decretos. A maior parte da fala do policial não pôde ser compreendida, mas alguns trechos foram captados por câmeras de populares que estavam nas redondezas.
Vídeos do momento circulam pelas redes sociais. Nele, Wesley Góis aparece aparentando estar em desespero e revolta. Ele atirou várias vezes para o alto. Policiais do batalhão de operações especiais, o BOPE, foram deslocados para o local. Eles tentaram acalmar o PM negociando a sua rendição. Todavia, Wesley não se acalmou e ainda fez novos disparos, o que provocou a reação dos militares.
Assista abaixo o momento em que foi possível entender algumas palavras do PM:
"Eu não vou deixar, não vou permitir, que violem a dignidade humana de um trabalhador."
Últimas palavras do policial da Bahia executado por não querer cumprir ordens do governador do PT Rui Costa. pic.twitter.com/xQyisD5Tss
— D.Wurzell (@multeffect) March 29, 2021