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Teoria da conspiração, neurose e histeria

Uma boa definição que pode elucidar  a “teoria da conspiração”   é a descrença nas explicações oficiais de determinados eventos, bem como a crença de que algum grupo de pessoas tem algo a ganhar “escondendo a verdade” do povo. A ideia motora que impulsiona as ramificações febril que pode produzir histeria coletiva e sucumbir muita gente a loucura de uma ilusão permanente.  E pra entender histeria é preciso conhecer sua engrenagem.  A neurose se refere a manifestações que ocorrem nas estruturas mentais e que pode ser manifestada por histerias

É preciso deixar claro que nem toda conspiração é teoria, existem fatos, evidências, testemunhas dos esquemas políticos que visam seus interesses de poder com objetivos de uma agenda de controle mundial. Um bom exemplo da conspiração foi o assassinato do Presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy. Sua morte foi planejada através de poderosas forças que ligam Rússia, Cuba, Oswald, sindicatos e a máfia italiana residente na América. Estes elementos é que podem sair da razoabilidade e se materializar na ‘crença conspirativa’, ou seja, teoria da conspiração. E ai já nascem teorias como: ”a CIA se envolveu na morte; Kennedy descobriu a verdade sobre o caso Roswell; mas eu gosto desta última (hahaha): Os iluminattis (reptilianos) queriam outro presidente para dar seguimento a agenda da invasão”. E a lua? Bem, o homem não foi a alua, a terra é plana e os aliens estão entre nós, assim dizem os teóricos das conspirações.

Se o caro leitor colocar na busca do Youtube vai encontrar milhares de vídeos desta natureza imaginativa subcultural que não deixa de ser fascinante pela criatividade da mente humana. O ser humano é complexo, não é correto afirmar que estas teorias vem totalmente da ignorância, quem faz tal afirmação são os mesmos que ajudaram a construir a narrativa de que não existem absolutos, tudo é relativo mesmo diante dos axiomas.

É bem certo que tais teorias inundam o imaginário coletivo criando uma neurose coletiva e por fim um comportamento frágil, histérico. A histeria provoca em torno de si uma subcultura. A ação do histérico permite-lhe mimetizar não somente gestos, vestimentas, jeitos de falar ou de se comportar, mas também sintomas de ordem física e psíquica. O resultado sempre é o mesmo, frustração! O desejo de materializar as ilusões ou o inalcançável, exige do histérico um bode expiatório. De forma cíclica ele vai buscar uma outra teoria para se chamar de sua e novamente orbitará sobre si uma nova subcultura comportamental de natureza destrutiva. Parece simples, mas é complexo e precisa  que se realize uma análise  comportamental detalhada.

Existem outras formas de se recriar a histeria das massas, a engenharia que move os movimentos ideológicos nas pautas: LGBT, racistas, pró drogas, feministas e anarquistas em geral. Mas é outra área de estudo.

Em tempos, observamos nas mídias ou nas redes sociais suas péssimas contribuições para as teorias sobre possíveis guerras nucleares ou sobre o Armagedom bíblico, vale tudo para obter elevadas audiências, afinal, a notícia ruim provocar mais. Os canais de comunicações  são verdadeiras engrenagens que impulsionam o comportamento histérico nas massas.

Some as forças aos diversos livros e literaturas das teorias de Nostradamus ao Apocalipse joanino, muitos procuram: Chaves, símbolos, códigos secretos, números cabalísticos, leituras de astrologia. Toda subcultura em torno das teorias conspirativas ganham instantaneamente forças avassaladoras no imaginário, mas também se dissipam na mesma força e velocidade, causando em quem se deixou levar, um vazio tipicamente apresentando em viciados em cocaína;  a latência volta e novamente a necessidade incontrolável de abraçar outra teoria conspirativa.

Ser razoável é o caminho, CS Lewis disse: “Se todos nós vamos ser destruídos por uma bomba atômica, deixe aquela bomba, quando vier, nos encontrar fazendo coisas sensatas e humanas; orando, trabalhando, ensinando, lendo, ouvindo música, dando banho nas crianças, jogando tênis, conversando com nossos amigos, e não amontoados como ovelhas assustadas e pensando em bombas!”.

O que está bem longe do nosso controle, pode ser tema das conversas, diálogos informais, mas jamais afetar nossa tranquilidade, nossa consciência. Devemos sempre confiar no Deus que é o dono da história da humanidade. Tudo acontece de acordo com sua vontade e saber que o fim da história é entrada dos seus filhos nos portões do Reino Glorioso onde habita seu trono!

Soli Deo Gloria

Heuring Motta
Análises sobre o cenário da política e assuntos de interesse público. Por: Heuring Motta - Teólogo e professor, especializado em Hermenêutica, Ciências Políticas e Logoterapia pela Universidade Católica de Salvador. É também colunista do Instituto John Owen. Casado e pai de uma filha.
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